sexta-feira, 1 de junho de 2018

De baixo

Me perguntam de onde sou
Se da esquerda ou da direita
Se do centro ou da diagonal
Se do socialismo ou do capital

Digo que sou de baixo
Do chão que eles pisam
Do fundo do tacho
Do abismo que criam

Sou de baixo mesmo
Nascido no caos
Na fome e a esmo
Entre pedras e paus

Sou a mão de obra barata
O cachorro vira lata
Vitima da política ingrata
Desses homens de gravata

Sou do lado da razão
Penso com independência
Ando na contra mão
Da política da demência

Sou a pedra no sapato
Dos políticos canalhas
Sou aquele inconformado
Com os rasgas mortalhas

Sou a voz do indignado
Que ecoa diariamente
Que tenta ser calado
Sou o voto consciente

O politiqueiro despreza esse voto
Pois ama o bajulador
Que funciona por controle remoto
E depende de favor

Nem esquerda, nem direita
Me fazem caminhar
Somente minha consciência
É capaz de me guiar

Giano Guimarães

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