segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Refugiados

Pais querendo salvar seus filhos
Do ódio assombroso da intolerância,
Da morte que chega pela guerra,
Interrompendo a inocente infância.


Pais fogem querendo dias de paz
Atravessam fronteiras a procura
De um pouco de humanidade
E talvez de um pouco de ternura.

Arriscam suas vidas fugindo
Da morte quase inevitável,
Lançam suas vidas ao mar
Num pequeno bote inflável.

Choram pelos entes que ficaram,
Vivem acuados por onde passam,
O medo é constante a sua volta
Pois temem algo de mal que lhes façam.

É vergonhoso ver esse mundo
De uma suposta humanidade,
Onde matar para muitos
Virou um ato de banalidade.

Que gente humana é essa?
Que gente humana trucida,
Espalhando morte e o terror
Em franca ação genocida?

Como será a dor de um pai
Vendo seu filho chorar
em fuga, com medo e fome
em busca de um novo lar?

Talvez seja uma dor parecida
Com a dor que sinto me abalar
Refletindo sobre essas pessoas
Me colocando no mesmo lugar.

Giano Guimarães

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